Senado exonera sócio de haras do ministro Juscelino Filho

Gustavo Marques Gaspar era um funcionário fantasma em Brasília e não dava expediente onde deveria
Por: Brado Jornal 15.mar.2023 às 16h13
Senado exonera sócio de haras do ministro Juscelino Filho

O sócio do haras onde o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, cria cavalos de raça, no interior do Maranhão, foi exonerado do Senado. O jornal Estado de S. Paulo havia mostrado que Gustavo Marques Gaspar era um funcionário fantasma em Brasília e não dava expediente onde deveria.

O empresário recebia um salário de R$ 17,2 mil, mas, no local onde deveria trabalhar, ninguém o conhecia, conforme a reportagem.

Na terça-feira 14, o gabinete do senador Weverton Rocha (PDT-MA), para quem Gaspar deveria prestar serviços, afirmou que o funcionário pediu para ser exonerado. Segundo a nota, o fantasma deixou o cargo por “não se sentir confortável com a superexposição”.

A exoneração foi publicada no Boletim Administrativo do Senado. A Portaria 2.458, que traz a decisão, foi assinada pelo diretor-executivo de gestão, Marcio Tancredi. O sócio do haras havia sido nomeado para o cargo de assistente parlamentar sênior no Instituto Legislativo Brasileiro e estava lotado na liderança do PDT.

Ao jornal, há duas semanas, o responsável pelo gabinete, Silvio Saraiva, admitiu que ele não trabalhava no local onde estava lotado.

Gaspar foi realocado para a Segunda Secretaria do Senado, comandada desde fevereiro pelo senador Weverton (PDT-MA). O parlamentar é compadre de Juscelino e um dos fiadores da indicação para a pasta das Comunicações, ao lado do colega Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Homem de confiança do ministro, o funcionário fantasma é irmão de Tatiana Gaspar, contratada pelo ministro como assessora especial das Comunicações, com salário de R$ 13,2 mil. Quando deputado, Juscelino Filho já havia empregado o pai de Gaspar, de 80 anos, com salário de R$ 15,7 mil.

No papel, Gaspar e a irmã do ministro, a prefeita de Vitorino Freire (MA), Luanna Rezende, são sócios do haras. O ministro, contudo, é quem lidera o negócio, mas não aparece formalmente nos registros.



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