A base aliada do governo no Senado Federal se movimenta para evitar possíveis danos com a CPI do MEC. Para o senador Flávio Bolsonaro (PL) a instauração de uma CPI neste momento tem um objetivo de desgastar o governo em ano eleitoral: “O que nós temos conhecimento é de que até agora não tem absolutamente nada envolvendo o ex-ministro Milton em qualquer caso de corrupção. O que parece são que intermediários estariam ali exigindo algum tipo de facilidade como possíveis beneficiários de uma política pública do governo”.
“Não tem absolutamente nada contra o ex-ministro e quem dirá contra o presidente Bolsonaro, aí sim é que não tem nada a ver, não há nada que comprove ou que sugira que o presidente Bolsonaro tinha conhecimento ou sabia que isso pudesse acontecer. Como eu acredito também que o ex-ministro Milton também não sabia”, opina o filho do presidente.
Das CPIs que aguardam abertura no Senado, a segunda da fila é justamente a respeito do Ministério da Educação. Trata-se de uma proposta do senador Carlos Portinho (PL) que visa a investigação de construções inacabadas de escolas desde 2003 e de universidades particulares que teriam se favorecido por meio do programa FIES. Flávio Bolsonaro defende que, caso haja uma CPI do MEC, a intenção do governo é juntar as duas investigações em uma só. “Se não houver entendimento, nós vamos pedir que essa segunda CPI do MEC seja sim apensada, anexada, a essa primeira CPI envolvendo a Educação e solicitada também pelo número mínimo de senadores”, projeta o parlamentar.
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