Já virou rotina integrantes do Governo do Estado culparem o presidente Jair Bolsonaro e a política armamentista pelo alto índice de insegurança e homicídios na Bahia. Desta vez, o comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Paulo Coutinho, em entrevista, colocou em dúvida a eficácia da pauta, o que fez com que o deputado estadual Capitão Alden (PL) o desafiasse para um debate sobre o tema.
“Eu desafio o secretário de Segurança Pública, o comandante-geral e todos aqueles que utilizam da mesma narrativa. Eles não conseguem sustentar três minutos de debate. Quero que, através de números oficiais, eles provem o que estão falando. Os dados oficiais que nós temos contradizem esta narrativa. Fica o desafio”, disse Alden, em participação, na manhã desta terça-feira (31), na Brado Rádio, programa comandado pelo apresentador Thimóteo Oliveira.
Capitão Alden oficiou a Polícia Federal (PF) que enviou dados que desmascaram a narrativa petista. Segundo a PF, 98 armas foram furtadas, roubadas ou extraviadas nos últimos cinco anos em um universo de 166.753 mil armas registradas no estado. O órgão ainda apontou que, hoje, existem 72.020 mil proprietários de armas de fogo na Bahia e o Exército Brasileiro registrou 16 mil Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs) em todo território baiano.
“Eles culpam os CACs e a política armamentista, mas onde estão os dados que comprovam esses discursos?”, completou o parlamentar.
Capitão Alden ainda salientou que “a Bahia segue na contramão do Brasil”, afirmando que o país tem reduzido o número de assassinatos com a defesa da pauta armamentista, enquanto o estado segue liderando o ranking de mais perigosos.
Dados do Data Sus/TabNet mostram que a Bahia teve um crescimento de 200% no número de homicídios desde o início do Governo do PT no Estado, registrando, no período de 2007 a 2020 79.923 assassinatos.
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