O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques pediu vista nesta sexta-feira, 13, no processo que questiona a realização de uma eleição indireta para governador e vice-governador em Alagoas. No momento da solicitação, Edson Fachin, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski já haviam votado e seguido o parecer do relator Gilmar Mendes pela realização do pleito. A eleição indireta para governador-tampão foi proposta pela Assembleia Legislativa depois que o ex-governador Renan Filho (MDB) renunciou ao cargo para concorrer ao Senado nas eleições que acontecem em outubro deste ano. Luciano Barbosa (MDB), que ocupava o posto de vice, já tinha abandonado o mandato para assumir a prefeitura de Arapiraca, em 2020. O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor, não quis pegar a função porque também irá se candidatar. Quem ocupa o cargo interinamente é Klever Loureiro, presidente do Tribunal de Justiça do Estado.
Com a votação indireta, caberá aos deputados estaduais escolherem quem substituirá o governador e o vice até o final do ano. Depois da publicação do edital com as regras para o pleito, o diretório estadual do PSB acionou a Justiça contestando a divisão na eleição, segundo a qual as disputas para governador e vice seriam separadas, e fato do voto ser aberto, o que, segundo o partido, violaria a confidencialidade do voto. Em seu parecer, o relator Gilmar Mendes atendeu a solicitação para que as chapas sejam únicas, ou seja, que tenham candidatos a governador e vice, mas manteve a previsão de votos em abertos. Mendes também estabeleceu a reabertura do prazo para as inscrições e vetou que pessoas não-filiadas a partidos pudessem se candidatar.
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