O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal de Salvador, Alexandre Aleluia (PL), aprovou, em reunião extraordinária do colegiado realizada nesta quinta-feira (28), requerimento de convocação do secretário das Prefeituras-Bairro de Salvador, Kaio Moraes, por utilizar as estruturas municipais para a perseguição política a adversários.
Aleluia relatou que uma liderança dele na Cidade Baixa teve o pedido de cadastro no Auxílio Brasil rejeitado por ser aliado dele - ele apresentou, na reunião do CCJ, o registro das conversas entre a liderança dele e um funcionário da Prefeitura-Bairro da Cidade Baixa. O vereador bolsonarista anunciou que oficiará o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, para que o governo federal instale pontos de apoio e cadastro do Auxílio Brasil nos municípios.
"Isso impedirá que as pessoas dependam de ações eleitoreiras de desvio de finalidade como tem ocorrido na Prefeitura de Salvador. O presidente criou o Auxílio Brasil para todos, não para fazer de instrumento eleitoreiro como o PT fazia", enfatizou o bolsonarista. "ACM Neto, com seus auxiliares, se utiliza da miséria do povo para fazer política. Persegue bolsonaristas, impedindo que tenham acesso ao Auxílio Brasil", denunciou o vereador.
Em conversa que a liderança de Aleluia teve com o funcionário da Prefeitura Bairro da Cidade Baixa identificado como Welington Maciel, a liderança primeiro recebeu a indagação: "Boa tarde, meu líder. Você ainda está com Aleluia?". Ao ter a resposta afirmativa, o funcionário da prefeitura-bairro escreveu: "Mas, amigo, ficou proibido nas prefeituras-bairro atender lideranças de Aleluia, rapaz". Aleluia apresentou o print da conversa realizada pelo WhatsApp para justificar o requerimento de convocação a Moraes.
O presidente da CCJ da Câmara sustentou ainda que o ato praticado na Prefeitura Bairro da Cidade Baixa enseja denúncias no Ministério Público Estadual, no Ministério Público Federal, por se tratar de desvio de finalidade no uso de recursos federais do Auxílio, bem como ação no Tribunal Regional Eleitoral por explícito favorecimento eleitoral e perseguição política. "O mínimo que deve ser feito é exonerar o funcionário e o prefeito-bairro da Cidade Baixa por desvio de finalidade no uso de recurso público, improbidade e crime eleitoral", cobrou Aleluia.
Oposição
"Se o prefeito Bruno Reis quiser me considerar opositor por ser um apoiador do presidente Jair Bolsonaro, ele o terá. E não darei vida fácil para ele", declarou Alexandre Aleluia. "Salvador não pode viver no tempo do chicote. Aqui é terra onde colocamos tiranos para correr. E a prefeitura, o governo de ACM Neto tem feito isso com os soteropolitanos. Bruno Reis está inviabilizando seu governo por conta de um processo eleitoral estadual. Infelizmente ele está nessa linha", disse o presidente da CCJ na Câmara Municipal de Salvador.
Limpurb
Na mesma sessão extraordinária da CCJ realizada nesta quinta-feira, Aleluia conseguiu aprovar requerimento para a convocação do presidente da Limpurb, Omar Gordilho de Britto, foi devido a alegada utilização da estrutura da empresa pública para favorecimento político e pessoal de agremiações políticas e grupos políticos, captação de sufrágio em favor destes mesmos grupos e desfavorecimento político de parlamentares independentes ou de oposição.
"Todas essas práticas precisam ser explicadas tanto pelo presidente da Limpurb quanto pelo secretário municipal das Prefeituras-Bairro", salientou Alexandre Aleluia. "No caso da Limpurb, a empresa está sendo utilizada para cooptar ou ameaçar líderes comunitários. Em vez de limpar a cidade, estão utilizando a cidade para fazer jogo sujo", comentou o bolsonarista.
Registro da conversa entre a liderança política e o funcionário da Prefeitura-Bairro da Cidade Baixa
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