O ex-prefeito de Salvador, e na disputa pelo governo do Estado em 2022, ACM Neto (DEM) se irritou com algumas perguntas feitas durante entrevista à Rádio Interativa FM, na última sexta-feira (17).
O primeiro, ao ser questionado sobre o DEM ser base de apoio do governo Jair Bolsonaro (DEM), o presidente nacional da legenda negou e disse que não poupa críticas "quando elas são necessárias".
"Quando vejo uma coisa errada, falo e falo mesmo. Nossa prioridade absoluta, enquanto partido, é apresentar um candidato à presidência. Sequer o apoio a Bolsonaro é discutido no Democratas”, disse.
“Esse tipo de colocação é uma leitura equivocada", continuou. Atualmente a Secretaria Geral da Presidência e o Ministério da Agricultura são ocupados por quadros do DEM - os ministros Onyx Lorenzoni e Tereza Cristina, respectivamente.
O ex-ministro da Saúde no início do governo Bolsonaro, e primeiro do País durante a pandemia da Covid-19, Luiz Henrique Mandetta, também é um democrata.
Na pergunta seguinte, quando indagado sobre sua relação com o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), Neto disse que não poderia falar sobre o ex-aliado. Ele também avaliou que esta contradizia a anterior.
"Você diz que o Democratas é base de Bolsonaro. Agora diz que João Roma é base de Bolsonaro. Essa pergunta é fruto de uma leitura inadequada de um projeto político. O que a gente projeta para frente é a confiança na nossa relação com o povo", afirmou.
Por fim, Neto foi perguntado se existia um racha no Democratas de Itabuna, com a saída de recentes figuras políticas. O ex-prefeito avaliou que a pergunta era baseada em uma "leitura equivocada" e "preconceituosa" do DEM.
Roma foi eleito deputado federal na base do democrata, e foi chefe de gabinete de Neto. No início do ano, logo após a nomeação de Roma, o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, na época ainda no DEM, sugeriu que Neto havia tido interferência na nomeação de seu ex-chefe de gabinete.
Em nota, na época, Neto lamentou a aceitação por Roma do cargo de ministro e se disse surpreso. Após a derrota de Baleia Rossi (MDB) para Arthur Lira na eleição para presidente da Câmara, Maia chegou a acusar o presidente do DEM de ter entregado o partido "numa bandeja" ao Palácio do Planalto.
Na mesma ocasião, o senador democrata Rodrigo Pacheco também havia sido eleito para presidência do Congresso Nacional com o apoio de Bolsonaro.
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