A Polícia Federal está investigando uma organização criminosa acusada de desviar cerca de R$ 2 bilhões entre 2020 e 2025 utilizando o aplicativo Caixa Tem, criado pela Caixa Econômica Federal para o pagamento de benefícios sociais durante a pandemia de Covid-19.
Os criminosos ofereciam propinas a funcionários da Caixa Econômica e de casas lotéricas para obter dados pessoais de beneficiários e realizar saques indevidos dos valores. O esquema envolvia o acesso a CPFs e outros dados de pessoas inscritas em programas sociais do governo federal, como o Auxílio Emergencial, além de FGTS e seguro-desemprego. Com essas informações, os fraudadores conseguiam simular o acesso legítimo ao Caixa Tem e desviar recursos diretamente das contas das vítimas.
A organização criminosa utilizava programas capazes de emular celulares em computadores, permitindo que realizassem centenas de acessos diários a várias contas simultaneamente. A estratégia se baseava em fraudes de pequenos valores, mas feitas em grande escala, acumulando milhões de reais ao longo do tempo.
Até o momento, o banco já ressarciu cerca de R$ 2 bilhões às vítimas das fraudes. Desde o lançamento do Caixa Tem, cerca de 749 mil processos de contestação foram registrados.
A Caixa Econômica Federal declarou que está colaborando com as investigações e monitora constantemente suas transações bancárias para identificar casos suspeitos.
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