Na manhã desta sexta-feira (25), a "Operação Terra Justa" foi deflagrada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), com o apoio da Polícia Civil, Corregedoria Geral da Polícia Militar da Bahia e Cipe Cerrado, para desarticular uma milícia armada que atua há mais de uma década no Oeste da Bahia. O grupo é acusado de envolvimento em uma série de atos violentos e intimidações em disputas fundiárias que afetam famílias de comunidades tradicionais na região.
A operação resultou no cumprimento de dois mandados de prisão e quatro mandados de busca e apreensão nos municípios de Correntina e Jaborandi, na Bahia. Durante a ação, as autoridades apreenderam armas, munições e aparelhos eletrônicos que estavam sob posse dos integrantes da milícia. Os mandados foram autorizados pela Vara Criminal de Correntina, a partir de investigações que apontaram a atuação criminosa do grupo.
De acordo com o MP-BA, a milícia operava por meio de uma empresa de fachada registrada como segurança privada, sem a devida autorização da Polícia Federal. A atuação do grupo se concentrava em ameaças, lesões corporais e na prática de grilagem de terras contra comunidades tradicionais, como famílias posseiras e povos indígenas de fundo de pasto. O objetivo da milícia era expulsar essas famílias de suas terras para garantir o domínio das áreas para grandes fazendeiros da região.
A operação visa desarticular as atividades da milícia e dar um fim à violência e intimidação enfrentadas pelas comunidades afetadas, além de responsabilizar os envolvidos pelos crimes praticados ao longo dos anos.
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