O jovem Bruno Ornellas de Souza, de 22 anos, que morreu após receber uma garrafada na madrugada desta segunda-feira (7), no bairro de Periperi, no subúrbio de Salvador, era amigo de infância do suspeito de cometer o crime.
O suspeito foi identificado como João Vitor da Silva Carvalho. Ele fugiu após atingir o jovem com a garrafa e não foi encontrado até a manhã desta terça-feira (8).
Em 2015, o suspeito chegou a publicar uma foto com Bruno e o irmão gêmeo da vítima nas redes sociais. Na legenda, escreveu um trecho da música "Valeu amigo", da dupla Pekeno e Menor.
Acrescentou ainda uma hashtag com a frase "Manos. Os melhores de sempre para sempre".
O corpo de Bruno Ornellas será sepultado na tarde desta terça-feira, no Cemitério Bosque da Paz.
A mãe do suspeito afirmou que o filho chegou a ir para casa depois do crime, está assimilando a situação e vai se entregar para polícia. Disse ainda que tem recebido ameaças por causa do filho.
Ainda conforme a mãe de Vitor, ela tinha muito carinho por Bruno, que passou grande parte da infância na casa dela.
Entenda o crime
Segundo a Polícia Civil, informações preliminares apontam que Bruno encontrou o Vitor durante uma festa do tipo "paredão" e aproveitou para cobrar uma dívida que o suspeito tinha com a esposa dele.
O suspeito não gostou da situação e os dois discutiram. De acordo com a família da vítima, os dois foram separados e instantes depois, Vitor foi até o local que Bruno estava com o irmão gêmeo, a esposa e a cunhada, e o atingiu com uma garrafa no pescoço.
“Meu marido estava de frente pra mim, Breno, o irmão dele, de lado, e a minha cunhada do meu lado. Eles estavam na minha frente e como ele são altos, a gente não conseguiu ver quem estava vindo atrás”, contou Deyse Silva, esposa da vítima.
“Só vi quando o sangue já estava rojando. Breno não teve reação, porque como ele também estava de costas, não viu. Só colocou a mão no pescoço para tentar estancar o sangue do irmão, mas era muito sangue”, lembrou.
Após atingir o jovem, o suspeito fugiu. Bruno foi socorrido por pessoas que estavam no local e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Periperi, mas não resistiu aos ferimentos.
“Foi uma covardia, porque foi por trás e ninguém merece morrer dessa forma. Eles eram amigos, irmãos, tiveram uma convivência… Ele (o suspeito) não teve consideração, não pensou nisso, voltou para matar e ninguém esperava”, lamentou a esposa de Bruno.
“Foi uma coisa muito rápida, um flash. A gente piscou e aconteceu”.
O crime é investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios. Bruno deixou a esposa e um filho de 1 ano.
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