A Polícia Federal da Bahia vai receber reforço de efetivo ainda nesta sexta-feira (15). Uma equipe de 15 policiais do Comando de Operações Táticas (COT) de Brasília e um helicóptero chegam a Salvador no fim do dia.
Dois veículos blindados do COT já estão na capital baiana com outros 15 agentes da força especial.
Segundo informações, os policiais federais davam apoio a uma operação da polícia civil e da PM baianas quando se depararam com 40 criminosos armados de fuzis em uma mata, na periferia de Salvador, durante a madrugada.
O grupo de criminosos se preparava para tentar retomar uma área de uma facção rival durante uma guerra pelo domínio do tráfico na região.
O tiroteio durou mais de meia hora. O agente federal Lucas Caribé foi atingido com um disparo de fuzil na cabeça. Ele é baiano e será cremado na tarde desta sexta-feira em Salvador.
As operações da força tarefa de segurança, com as equipes do COT da PF, vão se concentrar na área onde ocorreram os confrontos desta madrugada.
Alvo de facções criminosas
O secretário de segurança da Bahia, Marcelo Werner, admitiu que o bairro de Valéria, em Salvador, onde aconteceu uma operação com um policial federal e quatro homens mortos, nesta sexta-feira, é alvo de duas facções criminosas.
"É uma região que sabidamente está em disputa. As forças policiais se prepararam para realizar as ações em ambas as áreas e em desfavor de ambas as facções", disse o secretário durante coletiva de imprensa.
"Nós não pararemos, não recuaremos enquanto não pegarmos todos os responsáveis”, pontuou.
Segundo Marcelo Werner, as equipes policiais se deslocaram para a realização da operação e encontraram com um grupo criminoso. Em seguida, houve o confronto, que terminou com o policial federal Lucas Caribé e outros dois homens mortos. Horas depois, uma outra dupla foi morta, enquanto tentava fugir.
Emocionado, Marcelo Werner contou que já trabalhou com Lucas Caribé e lamentou a morte do colega.
"Ele estava acostumado a realizar ações de alta e média periculosidade. Para mim um amigo, um herói, que deu a própria vida nessa guerra que nós temos e vamos enfrentar", disse o secretário.
O secretário disse ainda que as forças de segurança seguirão em busca dos outros integrantes do grupo criminoso.
“Nós não iremos descansar e faremos todos os esforços, de forma integrada, para capturar os criminosos. Nós traremos os responsáveis por esse crime a justiça”, pontuou Marcelo Werner.
Também presente na coletiva, o superintendente regional da Polícia Federal na Bahia, delegado Flávio Márcio Albergaria Silva, informou que a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) já demostra o alinhamento entre os Governos Federal e Estadual.
“O Governo Federal tem dado total apoio para a nossa atuação conjunta. A gente teve o apoio de uma equipe tática de Brasília que veio para essa operação e estamos recebendo o reforço de outra equipe, inclusive com a presença do nosso diretor geral, para demonstrar esse apoio do Ministério da Justiça”, afirmou.
Envolvido no Baralho do Crime morto
Durante a entrevista, o secretário informou que um dos quatro homens mortos nos confrontos com os policiais foi identificado como Uélisson Neves Brito, conhecido como "Cara Fina". Ele era procurado por atuar no tráfico de drogas da região e fazia parte do Baralho do Crime, da Secretária de Segurança Pública (SSP-BA).
De acordo com o governo, "Cara fina" e cerca de outros 40 homens estavam armados com fuzis e granadas, quando trocaram tiros com os policiais.
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