Mara Gabrilli vice de Simone Tebet diz que ‘Lula pagou R$ 12 milhões para não ser apontado no caso Celso Daniel’
‘O Ronan Maria Pinto, se não fosse pago, ele ia entregar o Lula como mentor do assassinato. Esse é o teor da chantagem. E o Lula pagou. Como é que que alguém que não tem nenhum envolvimento pagaria?’ disse a parlamentar
Por:
Brado Redação
30.set.2022 às 10h55
- Atualizado:
01.out.2022 às 02h09
A senadora Mara Gabrilli, candidata a vice-presidente na chapa de Simone Tebet, acusou Lula de ter pagado Ronan Maria Pinto “para ficar quieto” sobre o caso Celso Daniel. A declaração da candidata foi feita em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta quarta-feira (28).
De acordo com Mara Gabrilli, Ronan Maria Pinto chantageou o candidato à Presidência pelo PT, afirmando que “se ele não fosse pago ele iria entregar o Lula como mentor do assassinato de Celso Daniel”. “O Lula pagou os R$ 12 milhões da chantagem para o Ronan Maria Pinto ficar quieto”, disse a candidata a vice. Segundo Mara Gabrilli, o Ministério Público de São Paulo acabou por encobrir o caso na época.
O operador do mensalão, Marcos Valério, em testemunho dado ao Ministério Público Federal em 2012, fez o relato de um caso de chantagem envolvendo Ronan Maria Pinto e a alta cúpula do PT.
O valor total teria sido de 12 milhões, metade para pagar contas do PT e outra parte destinada a Pinto a título de chantagem. O partido negou ter realizado a operação.
A Mara Gabrilli já havia relatado em 2018 que a sede de integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) por dinheiro e poder teria levado seu pai a ser extorquido sob a mira de uma arma na cabeça, quando atuava como empresário do ramo do transporte público, em Santo André (SP), onde mantinha concessão pública. As declarações foram feitas em entrevista ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan News.
Mara Gabrilli disse que seu pai, já falecido, era ameaçado por capangas da gestão do prefeito Celso Daniel, todos os meses. E disse que a extorsão serviria para financiar a campanha do ex-presidente Lula e foi laboratório para esquemas como o mensalão e o petrolão.
Tema voltou a tona depois do Debate
O presidente Jair Bolsonaro (PL) citou o caso do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel, do PT, assassinado em 2002, no debate presidencial da TV Globo, transmitido nesta quinta-feira (29) em pergunta a Simone Tebet.
Em sua defesa Lula disse: “Celso Daniel era meu amigo. Celso Daniel era o melhor gestor público desse país. Ele foi chamado da prefeitura para coordenar o meu programa de 2002. O TST [o correto é TSE, Tribunal Superior Eleitoral] acaba de tirar do ar site das mentiras mentirosas [sic] da sua família que estavam hoje na rede digital sobre celso Daniel”.
“Você vem culpar o Lula pela morte do Celso Daniel? Seja responsável. Você tem uma filha de 10 anos assistindo ao programa que você está fazendo. Seja responsável. Pare de mentir porque o povo não suporta mais”, disse. Lula deu as declarações em um direito de resposta concedido ao longo do debate.
Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro está sob escrutínio da PF, será ouvido pessoalmente por Alexandre de Moraes nesta quinta-feira (21) e corre risco de ter anulados os benefícios de sua delação premiada
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