Igreja Católica inicia preparativos para o conclave que elegerá o sucessor do papa Francisco

Votação secreta com cardeais do mundo inteiro deve ocorrer entre os dias 6 e 11 de maio, na Capela Sistina, após período de luto e homenagens ao pontífice
Por: Brado Jornal 22.abr.2025 às 07h16 - Atualizado: 22.abr.2025 às 07h17
Igreja Católica inicia preparativos para o conclave que elegerá o sucessor do papa Francisco
Fernando Frazão/Agência Brasil

Com a morte do papa Francisco nesta segunda-feira (21), o Vaticano volta seus olhos para o conclave — a tradicional e rigorosa eleição que definirá o novo líder da Igreja Católica. A expectativa é de que o processo tenha início entre 6 e 11 de maio, de 15 a 20 dias após o falecimento do pontífice, conforme estabelece a tradição canônica.

O conclave será realizado na Capela Sistina, no Vaticano, reunindo os cardeais eleitores: até 135 membros do Colégio de Cardeais com menos de 80 anos, idade limite para participação com direito a voto. O processo será conduzido sob absoluto sigilo, com os participantes em isolamento total, sem contato com o mundo exterior até a definição do novo papa.

A votação é feita por cédulas secretas depositadas em urna. Para ser eleito, o candidato precisa conquistar dois terços dos votos — ou seja, no cenário atual, ao menos 90 votos.

No primeiro dia, é realizada uma única rodada de votação. A partir do segundo dia, são permitidas até quatro votações diárias. Caso não haja definição após três dias, o processo é pausado para orações. O ritmo é então retomado com mais sete votações. Se, ainda assim, não houver consenso, os dois nomes mais votados serão submetidos a uma votação decisiva.

A tradição simbólica da fumaça permanece como um dos momentos mais aguardados do conclave: fumaça preta indica que não houve escolha; a branca, o sinal de que um novo papa foi eleito.

A escolha do sucessor de Francisco ocorre em um momento crítico, marcado por desafios globais e crises internas na Igreja. O novo papa terá diante de si não apenas o papel espiritual de líder de mais de 1,3 bilhão de católicos, mas também a missão de manter a estabilidade e a relevância da Igreja no século 21.

Desde o anúncio da morte de Francisco, o Vaticano tem recebido homenagens de líderes mundiais, fiéis e representantes de diferentes religiões. A missa de sufrágio já teve início, e o velório deve se estender pelos próximos dias, antes da cerimônia de sepultamento na Basílica de Santa Maria Maior, conforme desejo deixado pelo próprio papa em testamento.

A Igreja Católica entra, agora, em um período de reflexão, expectativa e oração — à espera da fumaça branca que anunciará ao mundo um novo pontífice.



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