O governo da China anunciou nesta segunda-feira (14.abr.2025) a imposição de restrições de visto a funcionários dos Estados Unidos, numa retaliação direta às sanções aplicadas por Washington a autoridades chinesas. A medida reacende tensões diplomáticas em torno do acesso internacional ao Tibete, região autônoma que permanece sob rígido controle de Pequim.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores chinês, a resposta visa funcionários norte-americanos envolvidos nas restrições a autoridades chinesas acusadas de barrar a entrada de diplomatas, jornalistas e observadores dos EUA no território tibetano.
Em comunicado oficial, o porta-voz do ministério, Lin Jian, classificou a ação dos Estados Unidos como uma “violação grave do direito internacional e das normas básicas que regem as relações internacionais”. Ele reiterou que os assuntos ligados ao Tibete dizem respeito exclusivamente à soberania chinesa.
Washington, por sua vez, exige o que chamou de “acesso irrestrito” à região para seus representantes diplomáticos. A Casa Branca alega que o Partido Comunista Chinês impede a entrada de observadores internacionais, comprometendo a transparência sobre temas sensíveis como direitos humanos e liberdade religiosa.
Lin Jian rebateu as críticas ao afirmar que o Tibete está aberto ao mundo, desde que respeitadas as normas locais. Segundo ele, turistas estrangeiros podem visitar a região, contanto que em grupos organizados e com autorização prévia. Já jornalistas e diplomatas continuam sujeitos à avaliação das autoridades locais.
“A China dá boas-vindas a visitantes amigáveis de todo o mundo para conhecer o Tibete, mas se opõe firmemente a qualquer interferência externa sob o pretexto de direitos humanos, religião ou cultura”, declarou o porta-voz.
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