O ditador Nicolás Maduro voltou a afirmar nesta segunda-feira (3) que a Venezuela irá eleger, ainda neste ano, um “governador” ou “governadora” para o território de Essequibo, uma área de cerca de 160 mil quilômetros quadrados, pertencente à Guiana, mas reivindicada por Caracas.
“Vamos eleger o governador de Essequibo agora”, declarou Maduro em seu programa transmitido pela emissora estatal VTV.
O líder chavista afirmou que o território, que considera uma das “24 regiões da Venezuela”, já possui “seus circuitos comunais e suas comunas”, em referência às subdivisões “socialistas” promovidas por seu regime. Maduro também estabeleceu a meta de organizar toda a Venezuela, pelo menos, em 6.000 comunas, incluindo o que chamou de “estado de Guiana Essequiba”, nome que a região assumiria caso fosse incorporada à Venezuela.
Na semana passada, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado por aliados de Maduro, anunciou que as eleições regionais, previstas para este ano, ocorrerão no dia 27 de abril, junto com as eleições parlamentares. Segundo Maduro, após essas eleições, Essequibo terá “o primeiro governador eleito pelo voto do povo”.
A declaração de Maduro foi duramente criticada pela Guiana, que considera tais afirmações uma violação do Acordo de Argyle, assinado em 14 de dezembro de 2023, que compromete ambas as nações a evitar a escalada do conflito territorial. O Ministério das Relações Exteriores da Guiana alertou que as palavras de Maduro “aumentam significativamente as tensões” entre os dois países.
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