O governo de El Salvador, liderado pelo presidente Nayib Bukele, propôs aos Estados Unidos uma solução inédita para a transferência de presos: o país centro-americano ofereceu-se para receber prisioneiros americanos, tanto cidadãos dos EUA quanto estrangeiros, em suas penitenciárias. A proposta foi revelada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na segunda-feira (3).
Caso o acordo seja formalizado, será a primeira vez que um país democrático aceita receber cidadãos próprios de outro país para cumprir pena em seu sistema prisional.
Bukele, conhecido por suas duras políticas contra as gangues, confirmou a oferta. Ele propôs que El Salvador seja o destino de criminosos de alta periculosidade, incluindo membros das gangues MS-13 e Trem de Aragua, que tenham adquirido cidadania americana. O país já possui megapresídios, como a maior prisão das Américas, com capacidade para 40 mil detentos.
Rubio expressou agradecimento pela proposta, destacando a parceria entre os países na luta contra a criminalidade. No entanto, o Departamento de Estado dos EUA observa que as condições nas prisões de El Salvador são "duras e perigosas", com problemas de superlotação e infraestrutura deficiente em diversas unidades.
Embora Bukele seja amplamente elogiado por sua luta contra as gangues, sua política de detenção em massa, que já prendeu cerca de 83 mil pessoas desde 2022, é criticada por grupos de direitos humanos, que acusam o governo de abusos, incluindo a prisão de inocentes.
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