O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, foi indiciado neste domingo (26.jan.2025) pelo crime de insurreição. A acusação, apresentada pelos promotores do Gabinete Público do Distrito Central de Seul, está relacionada à tentativa de imposição da lei marcial no país em dezembro de 2024. Se condenado, Yoon pode enfrentar prisão perpétua ou pena de morte, segundo informações da agência Yonhap.
A tentativa de Yoon de implementar a lei marcial restringiu direitos civis e transferiu poderes para ordens militares, mas foi barrada pelo Parlamento horas depois. A ação resultou em seu impeachment e afastamento do cargo em 14 de dezembro de 2024.
Tribunal Constitucional decidirá o futuro de Yoon Suk-yeol
O caso está sob a jurisdição do Tribunal Constitucional da Coreia do Sul, que no sábado (25.jan) rejeitou um pedido dos promotores para estender a detenção de Yoon, preso em 19 de janeiro. Pela legislação, investigados que não forem formalmente indiciados dentro do prazo devem ser liberados, o que levou à acusação formal.
A Constituição sul-coreana protege o presidente em exercício contra investigações, exceto em casos de insurreição ou traição. Para a líder do Partido Democrata, oposição ao governo, “a punição do líder da insurreição começa finalmente agora”.
Por outro lado, a defesa de Yoon classificou as acusações como "ilegais e fraudulentas", argumentando que a declaração de lei marcial foi apenas um alerta ao Parlamento opositor e não configura crime.
O Tribunal Constitucional tem 180 dias para decidir se Yoon Suk-yeol será destituído ou readmitido ao cargo. A decisão é aguardada com grande expectativa, já que o caso pode marcar um dos episódios políticos mais graves da história recente do país.
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