O ex-presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, foi preso nesta quarta-feira (15) após semanas de refúgio em sua residência no centro de Seul. A prisão ocorreu após uma operação liderada pelo Escritório para Casos de Corrupção de Altos Funcionários (CIO) e pela polícia, que invadiram a casa de Yoon em Yongsan na madrugada. A ação seguiu uma tentativa frustrada de detenção no início do mês, que resultou em confrontos violentos.
Yoon, que foi destituído do cargo em 14 de dezembro após uma polêmica e breve declaração de lei marcial, está sendo investigado por insurreição e abuso de poder. A crise política em torno do ex-presidente teve início com a sua declaração de lei marcial em 3 de dezembro, medida considerada extrema e ilegal em tempos de paz, o que gerou grande instabilidade no país.
O ex-mandatário, que se recusa a colaborar com as investigações, foi levado para a sede do CIO em Gwacheon, ao sul de Seul, onde iniciou seu interrogatório. As primeiras horas de interrogatório, conduzidas por Lee Jae-seung, subdiretor do CIO, não trouxeram resultados. Yoon tem até 48 horas para ser interrogado, antes que o CIO precise solicitar uma ordem judicial para prolongar sua detenção.
Em meio à crise, Yoon afirmou em vídeo gravado pouco antes de sua prisão que considerava a investigação contra ele "ilegal", mas decidiu se entregar voluntariamente para evitar mais confrontos violentos. Manifestantes, tanto apoiadores quanto críticos de Yoon, se reuniram ao redor de sua residência, resultando em feridos durante os embates.
Essa prisão histórica marca a primeira vez na história da Coreia do Sul que um presidente em exercício é detido. O Tribunal Constitucional ainda está avaliando se a destituição de Yoon será definitiva ou se ele poderá retornar ao cargo.
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