A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) dos Estados Unidos processou Elon Musk na terça-feira (14), acusando-o de violar regulamentos do mercado financeiro ao não divulgar de forma tempestiva sua compra de ações do Twitter (agora X), realizada em março de 2022. Segundo o órgão regulador, Musk demorou 11 dias para informar ao mercado que havia adquirido 5% ou mais das ações da rede social, violando a exigência de divulgação em até 10 dias.
A CVM pede que Musk pague uma multa e devolva os lucros que, segundo a agência, ele "não merece". A compra de ações, que teve um valor estimado em US$ 500 milhões a preços baixos, levou a um aumento de 27% no preço das ações do Twitter após o anúncio de Musk, em abril de 2022, de que estava adquirindo 9,2% da empresa.
O caso se desenrolou ainda mais quando, em outubro de 2022, Musk completou a aquisição total do Twitter por US$ 44 bilhões, renomeando a companhia para X.
O advogado de Musk, Alex Shapiro, reagiu ao processo afirmando que a decisão da CVM é uma tentativa de perseguição a Musk, alegando que o caso não tem fundamento e que o empresário nunca cometeu qualquer infração. Em um e-mail revelado pela Reuters, Shapiro afirmou: “O processo é uma confissão da comissão de que eles não conseguem apresentar um caso de verdade. O senhor Musk nunca fez nada de errado e todos veem a vergonha que é esse caso.”
O processo gerou debates sobre a forma como as autoridades reguladoras lidam com grandes negócios no mercado de ações e a forma como Elon Musk tem sido alvo de atenção das agências governamentais, uma situação que o próprio empresário tem criticado publicamente.
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