A três dias da posse de Nicolás Maduro para um novo mandato, o regime chavista intensificou suas ações militares e de repressão. Nesta terça-feira (7), rifles de assalto Kalashnikov, de fabricação russa, foram distribuídos a membros da “Milícia Bolivariana”, um grupo extraoficial vinculado às Forças Armadas. A entrega ocorreu no Palácio de Miraflores, em um claro movimento de fortalecimento do aparato militar do governo diante da crescente pressão interna e externa contra a ditadura.
Tensão em Caracas
A posse de Maduro, marcada para o próximo dia 10, pode transformar Caracas em um palco de confrontos. Diosdado Cabello, número 2 do regime, afirmou que haverá uma resposta dura contra opositores que tentarem impedir ou contestar a cerimônia.
Sequestro e intimidação de opositores
O clima de tensão também foi agravado pelo desaparecimento de Rafael Tudares, genro do presidente eleito da oposição, Edmundo González. Segundo denúncia de González feita nesta terça-feira no X, Tudares foi sequestrado por homens armados enquanto levava seus netos à escola em Caracas. Desde então, seu paradeiro é desconhecido.
A Organização dos Estados Americanos (OEA), por meio de seu secretário-geral Luis Almagro, condenou o ato e exigiu a libertação imediata de Tudares. “O regime chavista promove mais um ato de pressão política”, declarou Almagro.
Pressão sobre María Corina Machado
Outra vítima de intimidação foi María Corina Machado, uma das principais líderes da oposição. A casa de sua mãe, Corina Parisca de Machado, de 84 anos, foi cercada por agentes do regime, que instalaram postos de controle e sobrevoaram a área com drones. A energia elétrica da região também foi cortada.
Machado criticou duramente Maduro: “Vocês não têm limite para o seu mal. Covardes.”
Esta não é a primeira vez que a residência da mãe da opositora é alvo de intimidação. Em novembro de 2024, agentes do SEBIN cercaram o local em um episódio semelhante, com veículos estacionados e agentes encapuzados monitorando a área.
Cenário político
Com a crescente repressão, o regime chavista tenta consolidar seu controle em meio a uma oposição fortalecida e maior escrutínio internacional. A posse de Maduro no dia 10 promete intensificar os embates políticos e a instabilidade no país.
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