Nesta terça-feira (7), o Tribunal do Distrito Oeste de Seul concedeu uma extensão ao mandado de prisão contra o ex-presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol, após o vencimento do prazo original sem que as autoridades conseguissem efetuar sua detenção. A ampliação foi solicitada pelo Escritório de Investigação de Corrupção de Funcionários de Alto Escalão (CIO), que enfrentou obstáculos na tentativa de prender Yoon na semana passada.
Na última sexta-feira (5), agentes do CIO, com apoio da polícia, foram barrados pelo Serviço de Segurança Presidencial (PSS) ao tentar entrar na residência de Yoon. O PSS mobilizou cerca de 200 agentes, formando barreiras humanas e levando a um impasse que se estendeu por horas, forçando o cancelamento da operação.
Investigações por insurreição
Yoon Suk-yeol, destituído pelo Parlamento em 14 de dezembro após declarar lei marcial 11 dias antes, é investigado por insurreição, crime que pode levar à prisão perpétua ou pena de morte, embora a Coreia do Sul esteja sob moratória da pena capital há quase quatro décadas.
Apesar de estar proibido de deixar o país, Yoon ignorou três intimações para prestar depoimento sobre a declaração da lei marcial no dia 3 de dezembro. O CIO agora trabalha com um novo mandado, cuja validade pode ter sido estendida além dos sete dias habituais devido às dificuldades no cumprimento da ordem.
Próximos passos
Caso Yoon seja detido, os investigadores terão 48 horas para interrogá-lo e poderão solicitar uma extensão adicional de sua detenção, se necessário. Paralelamente, o ex-presidente aguarda uma decisão do Tribunal Constitucional, que determinará se ele será reconduzido ao cargo ou afastado definitivamente.
O caso marca um momento crítico na política sul-coreana, com tensões crescentes entre as forças de segurança e os investigadores que tentam responsabilizar o líder destituído.
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