O governo metropolitano de Tóquio anunciou que a partir de abril de 2025, seus funcionários terão uma semana de trabalho reduzida para quatro dias. A medida, uma das iniciativas mais recentes para combater a crise populacional do Japão, busca melhorar a qualidade de vida, com foco em aumentar a taxa de natalidade e o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
A governadora Yuriko Koike ressaltou a importância de revisar os estilos de trabalho, especialmente para apoiar as mulheres. A proposta visa permitir que as mulheres não precisem escolher entre a carreira e a família, além de expandir os benefícios de licença para cuidados infantis, criando um ambiente mais favorável à parentalidade.
Os números de nascimentos no Japão indicam a gravidade da crise: no primeiro semestre de 2024, o país registrou 350.074 nascimentos, uma queda de 5,7% em relação ao mesmo período de 2023, conforme dados do Ministério da Saúde. A taxa de fertilidade caiu para 1,2 nacionalmente, e em Tóquio, para alarmantes 0,99. Para estabilizar a população, a OCDE estima que a taxa de fertilidade deveria ser de 2,1.
Em resposta ao declínio populacional, o governo japonês tem implementado várias medidas, como licenças parentais ampliadas, subsídios para creches e pagamentos diretos a pais. Além disso, Tóquio criou um aplicativo de namoro para facilitar a formação de casais. A divisão desigual do trabalho doméstico, porém, continua sendo um desafio significativo, com o Japão mantendo uma das maiores disparidades entre os países da OCDE.
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