O Itamaraty confirmou nesta quarta-feira (26) que um brasileiro de 15 anos morreu durante bombardeio de Israel contra o grupo extremista Hezbollah na região do Vale do Beqaa, no Líbano.
A Embaixada do Brasil em Beirute, capital libanesa, está em contato e prestando apoio à família, que é de Foz do Iguaçu (PR). As informações são preliminares e ainda devem ser atualizadas.
Ali Kamal Abdallah e o pai, Haj Kamal Abdallah, que tem nacionalidade paraguaia, foram atingidos pelo bombardeio enquanto cuidavam de um negócio da família. Pai e filho estiverem recentemente em Foz do Iguaçu, conforme publicou o vereador Adnan El Sayed, representante do município, em seu perfil no Facebook. Ele é parente das vítimas.
“Haj Kamal Abdallah e seu lindo filho Ali estavam até pouco tempo aqui ao nosso lado em Foz do Iguaçu, brincando e sorrindo. Quero arranjar forças na justiça divina e na capacidade da resistência libanesa para seguir o caminho da verdade apesar das perdas diárias desse massacre à Palestina e ao Líbano”, publicou o vereador na segunda-feira (23), dia em que Israel intensificou as ofensivas contra o Líbano. Trata-se dos ataques aéreos mais intensos em quase 1 ano de conflito na região.
As FDI (Forças de Defesa de Israel) afirmam que os alvos são locais ligados ao Hezbollah. Segundo o Ministro da Saúde libanês, Firass Abiad, há 569 pessoas mortas e 1.835 feridos.
Nesta quarta-feira (25), o Hezbollah respondeu aos ataques lançando um míssil contra Israel. As forças israelenses voltaram a atacar alvos que afirmam estar ligados ao grupo, deixando pelo menos 15 mortos, segundo a Reuters.
O grupo afirma que o seu alvo era a sede do Mossad, o serviço secreto israelense, em Tel Aviv. Conforme as FDI, outros 40 projéteis disparados do território libanês foram interceptados.
O Hezbollah culpa o Mossad pelo recente assassinato de seus líderes. O grupo ainda afirma que o serviço secreto israelense é responsável pela operação da semana passada que culminou em uma série de explosões de pagers em 17 e 18 de setembro no Líbano, resultando na morte de 37 pessoas.
A embaixada do Brasil em Beirute abriu consultas na segunda-feira (23) com a comunidade brasileira para avaliar o número de residentes que querem deixar o Líbano. O resultado dessa consulta vai guiar a decisão de realizar uma operação mais abrangente para retirar os brasileiros do país.
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