Rússia expulsa seis diplomatas britânicos acusados de espionagem e “atividades subversivas"

Serviço Federal de Segurança russo fala também em “inúmeras medidas hostis de Londres”
Por: Brado Jornal 13.set.2024 às 11h22
Rússia expulsa seis diplomatas britânicos acusados de espionagem e “atividades subversivas
Reprodução

A Rússia anunciou nesta sexta-feira (13) ter expulsado 6 diplomatas britânicos de Moscou. Segundo o FSB (Serviço Federal de Segurança), eles são acusados de espionagem e de atividades de sabotagem. A agência russa, no entanto, não detalhou quais seriam essas ações.

“Os fatos revelados dão motivos para considerar as atividades dos diplomatas como ameaças para a segurança da Federação Russa”, disse o FSB em nota, citado pela agência estatal de notícias russa Tass.

Conforme o FSB, os documentos mostram que um braço do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido foi “transformado” em “um serviço especial cuja principal tarefa é infligir uma derrota estratégica” à Rússia depois da invasão da Ucrânia. A agência de segurança russa não detalhou quais seriam as ações tomadas pelo governo britânico.

“Com base em documentos fornecidos pelo FSB, bem como em resposta a inúmeras medidas hostis de Londres, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, em cooperação com as agências envolvidas, encerrou o credenciamento de 6 funcionários do departamento político da Embaixada do Reino Unido em Moscou”, lê-se na nota.

O anúncio da expulsão dos diplomaras foi feito horas antes de uma reunião entre o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer (Partido Trabalhista), e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Partido Democrata) para discutir se autorizam a Ucrânia a usar armas de longo alcance contra o território russo.

A autorização do uso de mísseis britânicos (Storm Shadow) e norte-americanos (ATACMS), ambos de longo alcance, é uma demanda do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky (Servo do Povo, centro). Com os armamentos, seu país conseguiria atingir os locais de onde saem os bombardeios russos.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin (Rússia Unida, centro), disse na 5ª feira (12.set) que a autorização representaria a entrada da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na guerra.

Segundo o líder russo, em declaração à TV estatal, a medida “mudaria significativamente a natureza do conflito” e faria com que Moscou tomasse “decisões apropriadas com base nas ameaças” enfrentadas.

O Ministério das Relações Exteriores disse, segundo o jornal britânico The Guardian, que a suspensão das credenciais dos 6 diplomatas ocorreu no mês passado e é parte de uma contínua retaliação diplomática entre os 2 países. Conforme a publicação, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores declarou que as acusações feitas nesta 6ª feira (13.set) são “completamente infundadas”.



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