A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, afirmou em seu perfil no X (ex-Twitter), na segunda-feira (2), que perdeu-se “toda a noção da realidade”. A declaração foi feita depois de a Justiça do país determinar a prisão de Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática), o principal candidato opositor do presidente Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela).
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou a suspensão do X no Brasil. No entanto, brasileiros que estão no exterior seguem com acesso normal à plataforma. Foi desta maneira que este jornal digital leu as mensagens postadas por María Corina e replica neste texto, por ser de interesse público e ter relevância jornalística.
“Eles perderam toda a noção da realidade. Ao ameaçar o presidente eleito apenas conseguem nos unir mais e aumentar o apoio dos venezuelanos e do mundo a Edmundo González. Serenidade, coragem e firmeza. Seguimos em frente”, escreveu María Corina.
Em outra publicação, ela disse: “Maduro perdeu totalmente o contato com a realidade. O mandado de prisão emitido pelo regime para ameaçar o presidente eleito Edmundo Gonzalez cruza uma nova linha que só fortalece a determinação do nosso movimento. Venezuelanos e democracias ao redor do mundo estão mais unidos do que nunca em nossa busca pela liberdade”.
O mandado foi emitido depois de González descumprir 3 intimações do Ministério Público para esclarecer a divulgação de atas eleitorais (boletins de urna) –usadas pela oposição para reivindicar a vitória do candidato da oposição no pleito presidencial. Ele não atendeu às solicitações argumento haver “falta de garantias” à sua segurança.
González, de 75 anos, não é visto em público desde 30 de julho, quando esteve presente em uma manifestação junto a apoiadores exigindo o reconhecimento de sua vitória no pleito realizado em 28 de julho.
Para preservar sua integridade, González se mantém escondido desde então.
A Justiça acatou a solicitação feita pelo Ministério Público na segunda-feira (2). O órgão acusa o diplomata de:
Porém, na prática, o mandado de prisão é porque González e representantes de seu partido coletaram os boletins de urna em 83,5% dos locais de votação e depois publicaram a contabilidade mostrada por esses documentos.
Essas atas são iguais aos emitidos por equipamentos de votação no Brasil. Trata-se de um resumo de quantos votos cada candidato recebeu na urna que emite o documento. Todos os partidos são autorizados a ter representantes nas seções de votação e ficar com uma cópia dos boletins.
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