O CEO do Telegram, Pavel Durov, poderá permanecer sob custódia policial na França até quarta-feira (28), disse nesta terça-feira (26) a Promotoria de Paris, conforme a agência Reuters. Ele está preso desde sábado (24), quando foi abordado pela polícia francesa ao descer de seu avião no aeroporto de Le Bourget, na região metropolitana de Paris.
A prisão é parte de uma investigação sobre crimes como fraude, tráfico de drogas, cyberbullying, crime organizado e promoção do terrorismo. A participação do bilionário russo nesses crimes é referente à ausência de moderação do aplicativo, que permitiria que grupos criminosos se comunicassem dentro da plataforma. O Telegram tem cerca de 1 bilhão de usuários.
Os crimes são relacionados a:
O Telegram respondeu às acusações. Afirmou que cumpre as leis da União Europeia e classificou como “absurdo” responsabilizar Durov pelos crimes que se dão na plataforma. A empresa destacou o seu compromisso com a privacidade do usuário e a liberdade de expressão.
Durov, que possui cidadania francesa, foi capturado com base em um mandado de busca decorrente de uma investigação preliminar iniciada em 8 de julho deste ano
A promotora Laure Beccuau mencionou que o CEO do Telegram está sendo interrogado por não cooperar com as autoridades, especialmente por recusar-se a fornecer informações para investigações autorizadas.
MACRON
Em publicação no X (ex-Twitter) na 2ª feira (26.ago), o presidente da França, Emmanuel Macron (Renascimento, centro) negou que a prisão de Durov tenha sido um ato político.
“Vi informações falsas sobre a França após a prisão de Pavel Durov”, escreveu Macron. “A prisão do CEO do Telegram em solo francês se deu como parte de uma investigação judicial em andamento”, acrescentou. Segundo Macron, cabe ao Judiciário francês, “com total independência, fazer e cumprir a lei”.
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