O Departamento de Estado dos Estados Unidos negou na segunda-feira, 12, ter oferecido anistia ao ditador venezuelano Nicolás Maduro.
“Isso não é verdade. Não fizemos nenhuma oferta de anistia a Maduro ou a outros desde esta eleição”, disse o vice-porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel (foto), em coletiva de imprensa.
“No que se refere à Venezuela, rejeitamos o aumento da violência, o encarceramento em massa injusto e a repressão direcionada aos venezuelanos, incluindo membros da oposição democrática”, acrescentou.
O porta-voz do Departamento de Estado foi questionado sobre o assunto após o Wall Street Journal publicar no domingo, 11, que o governo dos Estados Unidos negocia a concessão de anistia política e garantias de não perseguição caso o ditador venezuelano entregue o poder à oposição.
Segundo o WSJ, com base em fontes do governo dos EUA, Washington discute perdoar Maduro e os principais dirigentes de seu regime que enfrentam indiciamentos no Departamento de Justiça americano.
Maduro ainda está na mira do FBI, que o acusa de estar envolvido em uma rede de narcotráfico internacional. Em 2020, os EUA ofereceram uma recompensa de 15 milhões de dólares por informações que facilitassem a prisão do ditador venezuelano.
Além de Maduro, outros integrantes do regime, como Diosdado Cabello, número 2 do PSUV, e Vladimir Padrino López, ministro da Defesa, também estão na lista de procurados das autoridades americanas.
A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, afirmou em entrevista ao espanhol El País que a melhor opção para o ditador Nicolás Maduro “é aceitar os termos de uma transição negociada”.
“Acredito que é uma posição que une todos os países do mundo quando dizem que devemos ter uma verificação imparcial das atas”, disse.
María Corina também mencionou a concessão de garantias a Maduro:
“[…] Terceiro, é uma negociação na qual estamos dispostos a dar garantias, salvo-condutos e incentivos [a Maduro e ao chavismo], sobre a qual não vou entrar em detalhes porque é obviamente inconveniente fazê-lo e seria o objeto da negociação em si.”
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