O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na quarta-feira (31) que não iria “tremer o pulso” para convocar a população para uma “nova revolução” caso os Estados Unidos e os “criminosos fascistas” decidam interferir nas eleições do país.
“Queremos continuar no caminho que Hugo Chávez traçou, mas se o imperialismo norte-americano e os criminosos fascistas nos obrigarem, eu não vou tremer o pulso para chamar o povo para uma nova revolução”, disse Maduro a jornalistas no Palácio Miraflores, sede da Presidência venezuelana.
Em seu discurso, Maduro citou como integrantes da “ala internacional fascista” o bilionário Elon Musk, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente argentino Javier Milei. “A Venezuela não vai cair nas mãos do fascismo e nem do imperialismo“, disse o presidente.
Maduro também fez críticas à mídia e acusou os veículos de comunicação internacionais de tentarem incitar um conflito civil no país. Acrescentou que a Venezuela tem a “sua verdade” e que ele iria enfrentar as mentiras divulgadas pelos jornais.
ELEIÇÕES VENEZUELANAS
No domingo (28), o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) divulgou que Maduro obteve 51,2% dos votos, contra 44,2% do opositor Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita).
A oposição contesta os números, alegando uma vitória de González Urrutia com mais de 67% dos votos, enquanto Maduro teria recebido 30%. A falta de clareza na contagem dos votos tem sido criticada tanto pela oposição quanto por observadores internacionais, que exigem transparência no processo eleitoral do país.
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