A Venezuela rompeu relações diplomáticas com o Peru, disse na terça-feira (30) o chanceler venezuelano Yván Gil. A decisão ocorre depois de o governo peruano ter reconhecido Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática, centro), candidato da oposição a Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda), como presidente da Venezuela.
“O Governo da República Bolivariana da Venezuela decidiu romper relações diplomáticas com a República do Peru”, escreveu Gil no X (ex-Twitter). “Somos obrigados a tomar esta decisão depois das declarações temerárias do chanceler peruano, que ignoram a vontade do povo venezuelano e a nossa Constituição”, completou.
O Ministério das Relações Exteriores do Peru afirmou na 3ª feira (30.jul) que reconhece Edmundo González como o presidente eleito. A nota foi divulgada pela emissora estatal do país, a TV Peru.
“Esta posição é partilhada por vários países, governos e organizações internacionais”, disse o ministro, Javier González Olaechea.
O anúncio foi feito 2 dias depois da vitória, segundo o CNE (Conselho Nacional Eleitoral), de Maduro. Olaechea, entretanto, chamou a reeleição de “fraude eleitoral” para se perpetuar no poder.
O chanceler informou que enviou uma mensagem à líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, transmitindo a solidariedade do governo peruano a ela e a Edmundo González.
O ministro confirmou sua viagem a Washington (EUA) para participar da reunião da OEA (Organização dos Estados Americanos), onde será discutida a questão da Venezuela. O país tem sido palco de diversos protestos desde o resultado das eleições.
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