Líderes internacionais reagiram à suposta "vitória" do venezuelano Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda) nas eleições presidenciais de domingo (28.jul.2024). O CNE (Conselho Nacional Eleitoral), órgão controlado pelo regime chavista, confirmou a reeleição de Maduro na madrugada desta 2ª feira (29.jul).
De acordo com o órgão eleitoral da Venezuela, com 80% das urnas apuradas, Maduro obteve 51,2% dos votos (5.150.092), contra 44% (4.445.978) do candidato da oposição, Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita). Outros candidatos obtiveram 462.704 votos, que corresponde a 4,6% do total.
Entre os que se manifestaram está o presidente da Argentina, Javier Milei. Afirmou em publicação no X (ex-Twitter) que “os venezuelanos optaram por acabar com a ditadura comunista de Nicolás Maduro”, citando pesquisas de intenções de voto que apontavam González Urrutia como vencedor. “A Argentina não vai reconhecer mais uma fraude e espera que desta vez as Forças Armadas defendam a democracia e a vontade popular”, completou.
Já o líder chileno, Gabriel Boric, disse, também pelo X, que seu país não reconhecerá “nenhum resultado que não seja verificável”. E concluiu: “A comunidade internacional e especialmente o povo venezuelano, incluindo os milhões de venezuelanos no exílio, exigem total transparência das atas e do processo, e que observadores internacionais não comprometidos com o governo prestem contas pela veracidade dos resultados”.
“Assim não!”, escreveu o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, na rede social, afirmando que Maduro iria “‘vencer’ independentemente dos resultados reais”.
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