Em uma nova reviravolta na política francesa, o presidente do país, Emmanuel Macron, pediu nesta segunda-feira (8) ao atual primeiro-ministro, Gabriel Attal, que permanecesse em seu cargo.
Attal, que foi ao Palácio do Eliseu nesta manhã, iria pedir a renúncia após o resultado das eleições legislativas realizadas no país no domingo (7), em que a esquerda surpreendeu e saiu vencedora. Mas Macron pediu que ele permanecesse no cargo até que a situação se defina.
Isso porque, apesar de vencer o pleito e barrar a direita do país , a esquerda não obteve o número mínimo de assentos no Parlamento francês necessários para indicar um primeiro-ministro.
Gabriel Attal é aliado do atual presidente, Emmanuel Macron -- na França, presidente e primeiro-ministro governam em conjunto.
No domingo, em um resultado surpreendente, a coalizão de esquerda Nova Frente Popular obteve o maior número de assentos na Assembleia Nacional da França nas eleições legislativas, mas sem força suficiente para governar sozinha.
O segundo turno foi realizado neste domingo (7), e teve participação de quase 60% dos eleitores. Veja como ficaram as três maiores bancadas da nova legislatura:
Para a direita, apesar do crescimento vertiginoso do número de assentos obtidos pelo Reunião Nacional (RN), de 88 para 143, o resultado foi uma decepção. No primeiro turno, ocorrido há apenas 1 semana, o partido de Marine Le Pen havia saído à frente de todas as demais forças políticas -- ele chegou a projetar obter para si a maioria absoluta da Casa.
"Nossa vitória foi apenas adiada", disse Le Pen, horas depois de uma pesquisa boca de urna indicar a derrota da legenda.
O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, que é do Juntos, também admitiu a derrota, e disse que colocaria o cargo à disposição nesta segunda-feira (8).
Caberá ao presidente da França, Emmanuel Macron, indicar um novo premiê a partir dos resultados dessas eleições. Ainda não há previsão de quando isso vai ocorrer.
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