O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira a retomada do diálogo com os Estados Unidos na próxima quarta-feira, apesar das sanções de Washington contra o setor petrolífero e a menos de um mês das eleições presidenciais venezuelanas.
"Quero superar esse conflito brutal e estéril com eles. Recebi a proposta, por dois meses ininterruptos, de retomar o diálogo direto com o governo dos EUA. Decidi que na próxima quarta-feira as conversas com o governo dos EUA serão retomadas para que os acordos do Catar sejam cumpridos, que sejam diálogos públicos e que não sejam escondidos", disse Maduro em sua programa de televisão.
Maduro faz referência à reunião secreta realizada entre Caracas e Washington há um ano, quando os países entraram em acordo para a libertação de presos políticos e normalização política na nação latino-americana.
Segundo o líder venezuelano, Jorge Rodríguez e Héctor Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional e governador do estado de Miranda, respectivamente, farão parte da delegação venezuelana.
Em um sinal de confiança, Maduro disse que os Estados Unidos sabem quem vai ganhar as eleições presidenciais do país, marcadas para 28 de julho, e que por isso teria decidido retomar o diálogo com o governo.
Maduro também elogiou o processo eleitoral na Venezuela e criticou países como os Estados Unidos por seu sistema eleitoral.
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