O presidente da França, Emmanuel Macron (foto), anunciou neste domingo, 9, a dissolução da Assembleia Nacional após seu partido sofrer um forte revés no pleito do Parlamento Europeu.
“Decidi devolver-lhes a escolha do futuro parlamentar”, afirmou o presidente francês, acrescentando: “Esta decisão é séria, pesada mas acima de tudo é um ato de confiança”.
Macron convocou legislativas antecipadas para 30 de junho e 7 de julho.
O anúncio foi feito depois de as primeiras projeções da imprensa francesa indicarem que o Reunião Nacional, liderado por Marine Le Pen e Jordan Bardella, obteve 31,5%, quase um terço do total.
O resultado representa mais do dobro dos votos previstos para a legenda de Macron, com 15,2%.
Durante discurso, o presidente francês afirmou que o resultado “não é bom para os partidos que defendem a Europa”.
“Partidos de ultradireita, que se opuseram nos últimos anos a tantos dos avanços possibilitados pela nossa Europa estão ganhando terreno pelo continente. Não poderia, no fim deste dia, agir como se nada estivesse acontecendo.”
Já Marine Le Pen classificou a vitória de seu partido como um acontecimento “histórico”.
“Estamos prontos para assumir o poder se os franceses nos derem a sua confiança nas próximas eleições nacionais”, disse Le Pen.
Ela disse ainda: “O povo francês mandou uma mensagem clara ao poder macronista, que está se desintegrando: já não querem uma construção europeia tecnocrática que nega a sua história, despreza as suas prerrogativas fundamentais e que resulta na perda de influência, identidade e liberdade”.
Segundo o jornal Le Monde, o partido de Le Pen e Bardella obteve o melhor resultado de uma legenda francesa nas eleições europeias em 40 anos.
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