O ex-engenheiro da Meta Ferras Hamad acusou a empresa de parcialidade na moderação de conteúdo relacionado à guerra na Faixa de Gaza. Hamad, que é palestino-americano, alega discriminação, demissão injusta, entre outras irregularidades em um processo divulgado nesta quarta-feira (5).
O funcionário apresentou um processo em um tribunal estadual da Califórnia. Demitido em fevereiro, ele trabalhava na equipe da Meta desde 2021.
Hamad afirma que foi desligado depois de tentativas de corrigir erros que levavam à supressão de postagens palestinas no Instagram. Destacou a exclusão de comunicações internas sobre mortes de familiares em Gaza e a investigação do uso do emoji da bandeira palestina por funcionários. Apesar disso, postagens semelhantes com bandeiras israelenses ou ucranianas não foram investigadas.
À agência Reuters, o engenheiro afirmou que, em dezembro de 2023, percebeu que um vídeo do fotojornalista palestino Motaz Azaiza foi erroneamente marcado como pornográfico.
Depois de uma queixa na empresa, Hamad foi informado que era alvo de uma investigação interna. Posteriormente, foi demitido. A Meta justificou a demissão alegando violação de política que proíbe funcionários de trabalhar em questões envolvendo conhecidos, mas o ex-funcionário nega qualquer ligação pessoal com Azaiza.
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