A Alemanha afirmou que prenderá o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, caso ele entre no território alemão. Isso porque Netanyahu teve um pedido de prisão expedido pelo TPI (Tribunal Penal Internacional) por crimes de guerra na Faixa de Gaza.
A declaração foi feita pelo porta-voz do chanceler alemão, Olaf Scholz. Em fala a jornalistas na quarta-feira (22), Steffen Hebestreit, ao ser questionado sobre a posição do país, afirmou que a Alemanha manterá seu comprometimento como signatária do TPI. “Cumprimos a lei”, afirmou.
A decisão se dá depois de o embaixador de Israel em Berlim, Ron Prosor, ter feito um apelo para o governo rejeitar o mandado de prisão proposto pelo TPI. Em sua conta do X, Prosor escreveu: “Isso é ultrajante! O ‘Staatsräson’ alemão está agora a ser posto à prova – sem ‘se’ ou ‘mas’. Isto contrasta com as declarações fracas que ouvimos de algumas instituições e atores políticos”.
Ron ainda continua dizendo que “a declaração pública de que Israel tem direito à autodefesa perde credibilidade se ficarmos de mãos atadas assim que nos defendermos”.
O promotor do TPI, Karim Khan, anunciou que solicitou mandados de prisão contra Netanyahu, para o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, bem como 3 chefes terroristas do Hamas, incluindo Yahya Sinwar, o governante de Gaza que planejou o ataque em 7 de outubro de 2023. A declaração foi feita na última 2ª feira (20.mai).
Em comunicado, Khan declarou ter “motivos razoáveis para acreditar”, com base em evidências coletadas e examinadas por seu escritório, que as autoridades têm responsabilidade criminal por supostos crimes de guerra e contra a humanidade no conflito na Faixa de Gaza.
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