O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, nomeou na quarta-feira (20) o líder da Aliança Democrática, Luís Montenegro, como o novo primeiro-ministro do país. Ele vai substituir o o esquerdista António Costa, do Partido Socialista, que governa desde 2015. A posse deve ocorrer no começo de abril.
A coligação de centro-direita é formada pelo partido de Montenegro, o Partido Social Democrata e por Centro Democrático Social – Partido Popular e Partido Popular Monárquico. A AD conquistou 80 das 230 vagas na Assembleia da República, o parlamento português. O PS ficou com 78. O Chega, de direita, conquistou 50 assentos.
Montenegro disse durante a campanha e confirmou depois das eleições que não faria acordos com o Chega. Com isso, vai governar sem ter uma maioria absoluta na Assembleia da República, tendo de negociar com os partidos a cada projeto e Orçamento que precise aprovar.
Em nota, a Presidência da República disse que Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu que a AD venceu as eleições de 10 de março “em mandatos e em votos” e considerou que o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, “reconheceu e confirmou” que seria líder da oposição ao decidir convidar Montenegro a formar seu governo.
Ao falar com jornalista depois de reunião com o presidente português, Montenegro disse que apresentaria os nomes de seu governo em 28 de março e que deveria tomar posse como primeiro-ministro em 2 de abril.
A demora entre as eleições e a nomeação do primeiro-ministro se deu por causa dos votos dos portugueses que moram fora do país e elegem 4 deputados. A contagem dos votos terminou na quarta-feira (20). O Chega conquistou 2 dos 4 assentos. AD e PS ficaram com um cada.
As eleições deste ano foram marcadas pelo crescimento do Chega. No último pleito, em 2022, a legenda havia elegido 12 deputados. Agora, os 50 assentos conquistados confirmam a sigla como a 3ª maior força política de Portugal.
QUEM É LUÍS MONTENEGRO
O líder do PSD, Luís Montenegro, tem 51 anos. É formado em direito. Foi eleito deputado pela 1ª vez em 2002. Reelegeu-se 4 vezes (2005, 2009, 2011 e 2015), ficando por 16 anos na Assembleia da República.
Foi líder da bancada do PSD de 2011 a 2017. Parte desse tempo cobriu o governo de Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro de Portugal de 2011 a 2015, período em que o país enfrentou sérias dificuldades econômicas e medidas de austeridade fiscal.
Quando deixou a Assembleia da República, em 2018, Montenegro se dedicou aos estudos. Fez uma pós-graduação em direito à proteção de dados pessoais e um curso sobre gestão e liderança.
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