Na manhã desta quarta-feira (6), um grupo de estudantes normalistas derrubou a Porta Mariana do Palácio Nacional, sede do governo federal, durante a coletiva matinal do presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO). Os manifestantes, que buscam esclarecimentos sobre o desaparecimento de 43 estudantes em 2014, invadiram o prédio após liderarem tumultos em várias dependências federais nos últimos dias.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o momento em que os estudantes, alguns encapuzados e munidos de tubos, paus e até mesmo uma caminhonete, derrubam a porta histórica. Vídeos também registram a confusão na Praça do Zócalo, local onde se concentrava a manifestação.
Apesar da invasão, barricadas de metal impediram que os manifestantes entrassem no salão onde AMLO realizava sua coletiva. O presidente não interrompeu seu discurso, mas a conferência foi marcada por momentos de tensão e fumaça, resultado da ação da segurança interna do Palácio Nacional para dispersar os invasores com extintores.
Até o momento, não há relatos de feridos. Após a queda da porta, os manifestantes se retiraram do local e planejam retornar aos seus acampamentos. Eles ainda esperam conseguir uma audiência com o presidente, que se recusou a falar com eles diretamente, mas designou membros da Secretaria de Governo para atendê-los.
Nos últimos dias, os protestos dos normalistas se intensificaram com a invasão do Senado da República e da Secretaria de Relações Exteriores (SRE), onde explosivos foram utilizados e danos materiais foram causados. A busca por respostas sobre o paradeiro dos 43 estudantes, desaparecidos há quase 10 anos, segue como principal motivação dos protestos.
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