Um terremoto de magnitude 7,1 atingiu uma parte remota da região oeste de Xinjiang, na China, nesta segunda-feira, 22 de janeiro (manhã de terça, 23, no horário local).
A informação é da agência de notícias estatal chinesa Xinhua.
De acordo com o China Earthquake Networks Center, o terremoto ocorreu pouco depois das 2h, horário local.
O condado de Wushu, na província de Aksu, dentro de Xinjiang, foi o mais atingido.
A região onde o tremor ocorreu é conhecida como cordilheira Tian Shan e é considerada sismicamente ativa, embora terremotos dessa magnitude sejam raros.
O maior terremoto registrado na área no século passado foi um evento de magnitude 7,1 em 1978, localizado cerca de 200 quilômetros ao norte do epicentro desta segunda.
Após o terremoto principal, foram registrados vários tremores secundários, com magnitudes de até 4,5.
Os tremores foram sentidos em locais distantes, incluindo em países vizinhos, como o Quirguistão e o Cazaquistão, na Ásia central.
Na cidade de Almaty, no Cazaquistão, pessoas abandonaram suas casas em meio ao susto causado pelos tremores.
Xinjiang
A região de Xinjiang, no oeste da China, concentra uma minoria muçulmana, os Uyghurs, que são sistematicamente perseguidos por Pequim.
Documentos publicados pelo New York Times mostram que a China criou na região de Xinjiang campos de detenção para que muçulmanos se livrem do “vírus do extremismo religioso”.
Segundo os textos, entregues por uma autoridade chinesa cuja identidade permanece em anonimato, Xi Jinping e outros líderes da região mencionam que é preciso “demonstrar absolutamente nenhuma misericórdia” com os muçulmanos.
Depois do discurso, relata o jornal, campos de doutrinação começaram a ser abertos na região. E em agosto de 2016, os campos passaram a ser expandidos.
A estimativa é de que mais de um milhão de pessoas tenham sido detidas na região desde 2017.
Nos campos, os muçulmanos são doutrinados para que abandonem a religião e se tornem apoiadores do Partido Comunista.
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