A Hungria bloqueou na madrugada desta sexta-feira, 15, 50 bilhões de euros da União Europeia (UE) à Ucrânia. A informação foi confirmada pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, nas redes sociais. “Resumo da noite: veto ao dinheiro extra para a Ucrânia, veto à revisão do MFP (orçamento). Voltaremos ao assunto no próximo ano no Conselho Europeu, após a devida preparação”, escreveu Orbán em sua conta no X (Antigo Twitter). De acordo com o premiê, o país não participou da votação do Conselho Europeu na quinta, que deu sinal verde para o início das negociações de adesão da Ucrânia à União Europeia (UE), por considerar a decisão errada. “A Hungria decidiu que, se os 26 (parceiros húngaros da UE) quiserem seguir esse caminho, que o façam. A Hungria não quer fazer parte dessa decisão errada e, portanto, não esteve presente na votação”, afirmou ele em um vídeo postado no Facebook.
Minutos antes, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, havia anunciado o início das negociações com a Ucrânia e também com a Moldávia. Viktor Orbán vinha assegurando há semanas que não apoiaria o início das negociações de adesão à UE com a Ucrânia. Ele chegou a se reunir com líderes europeus, incluindo o presidente da França, Emmanuel Macron, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz. Em vídeo, ele reiterou que “a posição da Hungria é clara e não mudou” e enfatizou que a Ucrânia não está pronta para iniciar as negociações de adesão. “Iniciar negociações nessas condições não faz sentido, é irracional e errado”, enfatizou o primeiro-ministro húngaro, que é considerado o maior aliado da Rússia no bloco.
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