A Venezuela classificou os exercícios militares anunciados pelos EUA na Guiana como uma “infeliz provocação”. Na quinta-feira (7), a embaixada norte-americana em Georgetown, capital guianesa, anunciou que o Comando Militar Sul dos EUA realizará “operações aéreas” no país sul-americano.
“Esta infeliz provocação dos Estados Unidos em favor da ExxonMobil na Guiana é mais um passo na direção errada. Alertamos que não seremos desviados de nossas ações futuras para a recuperação de Essequibo”, disse o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, em post no X.
Em comunicado, a embaixada informou que os exercícios militares são “operações de rotina para melhorar a parceria de segurança” entre os países.
Também na quinta-feira (7), o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ligou para o presidente da Guiana, Irfaan Ali, “para reafirmar o apoio inabalável dos Estados Unidos à soberania da Guiana”.
ENTENDA
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reivindica a região de Essequibo, que corresponde a 74% do território da Guiana e é alvo de disputa há mais de 1 século.
Na 3ª feira (5.dez), Maduro anunciou medidas para a criação de uma província venezuelana em Essequibo e divulgou um novo mapa do país que inclui a região. A medida foi realizada depois que a população venezuelana aprovou a anexação do território em referendo realizado em 3 de dezembro.
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