O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou na quarta-feira (6) a solicitação de mandados de prisão contra 14 líderes da oposição venezuelana. O grupo é acusado de “traição ao país; conspiração; lavagem de dinheiro e associação criminosa” envolvendo o referendo de anexação de parte do território da Guiana, realizado no domingo (3.dez).
A incorporação do território guianês à Venezuela foi aprovada por mais de 95% dos votos. Na 3ª feira (5.dez), o presidente Nicolás Maduro apresentou um projeto de lei para regulamentar a criação do novo Estado, ordenou que a PDVSA –estatal petrolífera venezuelana– conceda licenças para exploração de petróleo e gás na região e publicou em seu perfil no X o que chamou de “o novo mapa da Venezuela”, incluindo a área incorporada.
Em comunicado, o MP afirmou que os suspeitos estão envolvidos em conspirações contra o referendo. Saab disse que as investigações identificaram “financiamentos provenientes da lavagem de ativos de organizações internacionais para conspirar” contra a consulta da população.
A lista inclui líderes do partido Vamos Venezuela, da candidata à presidência María Corina Machado, que venceu as eleições primárias com 93% dos votos. Também contempla opositores exilados, como Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente do país em 2019, e ex-ministros do ex-presidente Hugo Chávez.
Leia a lista de alvos dos mandados de prisão:
supostos operadores no exterior:
Segundo Saab, “alguns deles já estão sob as ordens da justiça”. O procurador-geral disse que as prisões foram realizadas com base em informações fornecidas por uma testemunha, que não teve seus dados divulgados.
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