Um helicóptero militar do Exército da Guiana desapareceu na região do Essequibo, perto da fronteira com a Venezuela na quarta-feira (6). A jornalistas, o chefe das Forças de Defesa da Guiana, brigadeiro Omar Khan, afirmou que 7 pessoas estavam a bordo do veículo.
Segundo o militar, as forças de defesa perderam contato com o helicóptero Bell 412 EPI depois que ele decolou do assentamento de Olive Creek, no oeste da Guiana. Tinha como destino o vilarejo de Arau.
“A aeronave transmitiu um sinal do transmissor localizador de emergência às 11h20 [horário local], a partir de coordenadas [localizadas] aproximadamente a 48 km a leste de Arau, em nossa fronteira oeste”, disse as forças de defesa em comunicado.
Khan afirmou que a área registrou tempo ruim, o que pode ter causado o desaparecimento. Uma equipe de busca e resgate foi enviada à região, mas as más condições climáticas dificultam a busca pela aeronave.
O brigadeiro afirmou ainda que os militares a bordo se deslocavam para uma inspeção das tropas que estão em Essequibo, território guianense reivindicado pelo governo venezuelano. No entanto, ele disse não haver indícios de envolvimento da Venezuela no caso ao ser perguntado se o helicóptero tinha sido derrubado por um ataque.
“Não temos nenhuma informação que sugira que tenha havido algum voo de aeronave venezuelana naquela área. Especulação não é o que eu quero abordar. Nossa prioridade é salvar as vidas de nossos oficiais e patentes. Esse acontecimento, esse incidente, tenho certeza, gerou uma ansiedade adicional neste período que estamos”, disse.
CONFLITO
Os países enfrentam um momento de tensão depois que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, reivindicou a região de Essequibo. A área corresponde a 74% do território da Guiana e é alvo de disputa há mais de 1 século.
Na terça-feira (5), Maduro anunciou medidas para criação de uma província venezuelana em Essequibo e divulgou um novo mapa do país que inclui a região. A medida foi realizada depois que a população venezuelana aprovou a anexação do território em referendo realizado em 3 de dezembro.
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