Patricia Bullrich anuncia apoio a Javier Milei no segundo turno

Milei disse que Bullrich pode compor o novo governo
Por: Brado Jornal 25.out.2023 às 16h15 - Atualizado: 25.out.2023 às 16h16
Patricia Bullrich anuncia apoio a Javier Milei no segundo turno

A terceira colocada nas eleições presidenciais da Argentina, Patricia Bullrich, anunciou nesta quarta-feira (25) apoio ao candidato liberário Javier Milei no segundo turno, marcado para 19 de novembro. 

Segundo o Clarín, Bullrich foi à casa do ex-presidente da Argentina Mauricio Macri na madrugada desta quarta-feira (25) para informá-lo da decisão de apoiar Javier Milei. Ela recebeu o apoio de Macri, mas não falou a sua posição em relação ao apoio a Milei.


Eis o resultado do primeiro turno:

  • Sergio Massa (Unión por la Pátria), de esquerda: 36,68%;
  • Javier Milei (La Libertad Avanza), de direita: 29,98%;
  • Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio), de direita: 23,83%;
  • Juan Schiaretti (Hacemos por Nuestro País), de esquerda: 6,78%;
  • Myriam Bregman (Frente de Izquierda), de esquerda: 2,70%.


O partido Proposta Republicana (PRO), presidido por Bullrich e liderado por Macri, iria se reunir internamente para decidir se o apoio seria apenas eventual ou se estenderá para uma aliança para um eventual governo.

No entanto, o encontro foi suspenso e Bullrich deu uma declaração pública para fazer o anúncio. “A urgência nos desafia a não sermos neutros diante do perigo da continuidade do Kirchnerismo com Sergio Massa”, disse Bullrich. Segundo ela, a vitória do ministro da Economia “implicaria uma nova etapa histórica sob o domínio do populismo corrupto que levaria ao declínio final”.

A ex-candidata afirmou que o apoio é dela e de Luis Petri, seu companheiro de chapa na votação do 1º turno, não do PRO ou da coalizão Juntos por el Cambio. “É uma decisão político-estratégica”, afirmou Bullrich.

Bullrich pareceu ainda “perdoar” Milei por seus falas direcionadas a ela durante a campanha eleitoral. “Temos diferenças, por isso competimos. Nós não os escondemos. A maioria dos argentinos optou por uma mudança. Representamos uma parte dessa mudança. Não podemos ser neutros. Estamos diante do dilema da mudança ou da máfia. Quando a Pátria está em perigo, tudo é permitido”.

“Quando o país está em perigo, tudo é permitido, exceto não defendê-lo”, afirmou Bullrich em postagem no X. Ela disse ainda que “a urgência do momento nos desafia a não sermos neutros diante do perigo da continuidade do kirchnerismo que Sergio Massa significa”.

Na 2ª feira (23.out), Milei afirmou que convidou Bullrich a integrar seu possível governo. “Me parece boa [a escolha de] Patricia como ministra de Segurança”, declarou ao jornal argentino La Nación. Bullrich ficou com 23,83% dos votos válidos.

A Argentina é 2ª maior economia da América do Sul e a 22ª no mundo, com o PIB (Produto Interno Bruto) de US$ 632,77 bilhões, segundo dados de 2022 do Banco Mundial. O país é ainda o 3º maior parceiro comercial dos brasileiros. O Brasil exportou US$ 15,34 bilhões e importou US$ 13,10 bilhões do país vizinho no ano passado, com saldo de US$ 2,24 bilhões.

Em setembro, a inflação anual argentina avançou para 138,3% e registrou a taxa mensal de 12,7%, a mais alta do país em 21 anos. 



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