O Museu do Louvre, em Paris, e o Palácio de Versalhes precisaram retirar visitantes e funcionários das instalações no último sábado, 14, após receberem ameaças de bomba. As operações ocorrem em meio a a um alerta elevado de terrorismo na França, após o ataque a uma escola na última sexta-feira 13 e às tensões globais ligadas à guerra entre Israel e o Hamas.
O Louvre soou alarmes para alertar os presentes a deixar o perímetro do museu. A polícia de Paris disse que policiais revistaram o edifício depois que ele recebeu ameaças de bomba por escrito.
O Louvre, que abriga obras-primas como a Mona Lisa, recebe entre 30 mil e 40 mil visitantes por dia e vários milhões anualmente. De acordo com a instituição, ninguém ficou ferido no incidente e nenhuma bomba foi encontrada.
O antigo palácio real de Versalhes também recebeu ameaças de bomba, e o local e os seus extensos jardins foram esvaziados enquanto a polícia examinava a área. Uma importante estação ferroviária de Paris, a Gare de Lyon, também foi esvaziada após a descoberta de uma possível garrafa explosiva pela polícia nacional.
A França enviou 7 mil soldados extras às ruas para aumentar a segurança e o presidente Emmanuel Macron disse estar preocupado com as consequências da guerra Israel-Hamas no país. O governo aumentou o alerta de ameaça nacional na sequência do ataque a uma escola na cidade de Arras, onde um professor foi morto a facadas. O grau de “ataque de emergência” permite ao governo enviar temporariamente militares adicionais para proteger locais públicos.
As autoridades antiterroristas ainda estão investigando o esfaqueamento do professor em Arras, e o suposto agressor e vários outros estão sob custódia. Porém, o motivo do ataque ainda permanece desconhecido e o suspeito, Mohammed M., um checheno natural da região da Inguchétia, na Rússia, se recusa a falar com os investigadores.
O suspeito já estava sob vigilância dos serviços de inteligência franceses, devido à radicalização islâmica. Ele foi detido na última quinta-feira 12, um dia antes do ataque, para interrogatório com base em suas conversas telefônicas nos últimos dias, mas os investigadores não encontraram nenhum sinal de que ele estivesse preparando um atentado.
Gerald Darmanin, ministro do Interior da França, disse que as autoridades trabalham com a possibilidade de que a guerra no Oriente Médio inspirou o agressor a agir.
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