Além do Wall Street Journal, a BBC também confirmou com o porta-voz do Hamas, Ghazi Hamad, que o grupo terrorista teve ajuda do Irã para realizar os ataques a Israel no último sábado (7). Segundo ele, outros aliados também ajudaram.
Hamad disse à BBC que a ação do Hamas foi em resposta aos ataques de colonos judeus na Cisjordânia. “Todos os dias eles constroem colonatos, tomam as nossas terras, matam o nosso povo e entram nas nossas cidades, e através de mediadores, egípcios ou pela Nações Unidas, pedimos para pararem, mas eles não ouviram ninguém”, disse o porta-voz do grupo terrorista.
Mais cedo, o governo do Irã negou as acusações de que teria participado do planejamento da operação surpresa realizada pelo movimento terrorista Hamas em Israel no último sábado (7). O porta-voz da diplomacia iraniana declarou que as acusações são politicamente motivadas e afirmou que Teerã não interfere nas decisões de outras nações, incluindo a Palestina.
Durante uma entrevista coletiva em Teerã, o porta-voz Nasser Kanaani enfatizou que a resistência do povo palestino possui capacidade, força e vontade para se defender e recuperar seus direitos perdidos.
No entanto, segundo membros do alto escalão do Hamas e do Hezbollah, ouvidos pelo jornal americano Wall Street Journal, o regime iraniano teria dado aval para o ataque terrorista em uma reunião realizada em Beirute, no Líbano. De acordo com essas fontes, oficiais da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã trabalharam em conjunto com o Hamas desde agosto para planejar os ataques aéreos, terrestres e marítimos.
As reuniões ocorridas na capital libanesa serviram para discutir os detalhes da operação militar do Hamas. O Wall Street Journal relata que estiveram presentes membros da Guarda Revolucionária Islâmica e quatro grupos apoiados pelo Irã, incluindo o próprio Hamas, que atualmente controla a região de Gaza, e o Hezbollah.
Lembramos que, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, elogiou os ataques nas redes sociais, declarando que o “regime sionista será erradicado pelas mãos do povo palestino e das forças de resistência em toda a região“.
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