Os líderes do Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, anunciaram nesta quinta-feira, 24, que mais seis países serão admitidos no bloco econômico a partir de janeiro de 2024. Os novos integrantes serão Argentina, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos, informou o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, no último dia da 15ª cúpula do grupo, em Joanesburgo. “A adesão entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2024”, declarou Ramaphosa em uma entrevista coletiva ao lado dos representantes dos cinco países que integram atualmente o bloco. “Com esta cúpula, o Brics inicia um novo capítulo”, acrescentou. Quase 40 países solicitaram adesão ou demonstraram interesse de entrar para o bloco criado em 2009, que representa quase 25% do PIB e 42% da população mundial. Os novos integrantes foram decididos em reunião a portas fechadas e com divergências entre os líderes. O Brics é definido como uma aliança heterogênea de países geograficamente distantes e com economias de crescimento desigual.
A China, a maior economia do grupo, que representa quase 70% do PIB do bloco, era favorável a uma expansão. A Índia desconfia das ambições de Pequim, um rival regional. Qualquer decisão dentro do Brics exige unanimidade. Analistas afirmaram que o Brasil também temia que uma expansão “diluísse” sua influência mundial e dentro do bloco. O Brics reafirmou a posição de “não alinhamento” durante a reunião, em um contexto de divisões com o conflito na Ucrânia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar sobre o conflito e a defender a mediação de um acordo de paz, o que o colocou em embate com a Rússia. O líder russo, Vladimir Putin, participa do encontro do Brics a distância por ter mandado de prisão internacional em razão da guerra.
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