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Líder do grupo Wagner diz que desistiu de avanço em direção a Moscou

Em mensagem de áudio, Prigozhin afirmou que sabe que 'sangue pode ser derramado' e, por isso, ordenou recuo de mercenários
Por: Brado Jornal 24.jun.2023 às 15h50 - Atualizado: 25.jun.2023 às 21h31
Líder do grupo Wagner diz que desistiu de avanço em direção a Moscou
Vladimir Putin e Yevgeny Prigozhin — Foto: Gavriil Grigorov, Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP; Oficina de prensa de Prigozhin vía AP

O líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse neste sábado (24) que ordenou que seus combatentes, que vinham avançando sobre Moscou, voltassem para suas bases para evitar derramamento de sangue, segundo a agência de notícias Reuters.


Prigozhin afirmava que suas forças tinham avançado a uma distância de 200 km da capital russa nas últimas 24 horas.


"Eles queriam dissolver o grupo militar Wagner. Em 23 de junho, embarcamos em uma marcha por justiça. Em 24 horas, chegamos a 200 km de Moscou. Nesse tempo, não derramamos uma única gota de sangue de nossos combatentes", afirmou o líder do grupo em uma mensagem de áudio divulgada por sua assessoria de imprensa.


"Agora chegou o momento em que sangue pode ser derramado. Compreendendo a responsabilidade [pela chance] de que o sangue russo seja derramado de um lado, estamos recuando nossos comboios e voltando aos campos de campanha conforme planejado."


Não há informações se o governo russo concordou com sua exigência de demitir o ministro da Defesa Sergei Shoigu.


Pouco antes, o gabinete do presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, afirmou ter negociado um acordo com Prigozhin para interromper o movimento de combatentes de Wagner em toda a Rússia em troca de segurança para todos os amotinados.


Nesta madrugada, o Grupo Wagner, antes aliado de Vladmir Putin na invasão da Ucrânia, acusou o governo russo de atacar acampamentos da organização e prometeu retaliações. Por sua vez, Putin acusou o grupo de traição.


A segurança de Moscou foi reforçada após a movimentação nas ruas aumentar e o prefeito da capital russa, Sergei Sobyanin, declarou que estão sendo tomadas medidas antiterroristas.


Em um vídeo divulgado neste sábado, Prigozhin disse que todos as sedes militares da Rússia em Rostov-on-Don estão sob controle do Grupo Wagner.


A Reuters informou ainda que o grupo também tomou o controle de todas as instalações militares em Voronezh, a 500 km ao sul de Moscou.



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