O ex-premiê britânico, Boris Johnson, renunciou nesta sexta-feira, 9, ao cargo de deputado e responsabilizou por sua decisão a comissão parlamentar que investiga o escândalo “Partygate”, as festas em Downing Street celebradas em plena pandemia de Covid-19. Johnson, de 58 anos, informou que sua demissão tem efeito imediato, desencadeando uma eleição parcial que aumenta a pressão política sobre seu sucessor, Rishi Sunak, do Partido Conservador. “É muito triste deixar o Parlamento — pelo menos por enquanto”, disse Johnson em um comunicado. “Estou sendo forçado a sair por um pequeno grupo de pessoas, sem nenhuma evidência para sustentar suas afirmações, e sem a aprovação nem mesmo dos membros do Partido Conservador, muito menos do eleitorado em geral”, declarou. Johnson estava lutando por seu futuro político conforme um inquérito parlamentar investiga se ele enganou a Câmara dos Comuns quando disse que todas as regras da Covid-19 foram seguidas.
O comitê de privilégios do parlamento poderia recomendar que o ex-premiê fosse suspenso por mais de 10 dias se apurasse que ele enganou o Parlamento de forma imprudente ou deliberada, o que poderia desencadear uma eleição para seu cargo. O ex-primeiro-ministro disse ter recebido uma carta do “comitê de privilégios deixando claro — para minha surpresa — que eles estão determinados a usar os procedimentos contra mim para me expulsar do Parlamento”.
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