Manifestantes liderados por sindicatos e que contam com o apoio de partidos de esquerda voltaram a fazer protestos em Paris nesta quinta-feira, 13, e, desta vez, um grupo invadiu a sede do conglomerado de luxo LVMH, dono de marcas como Louis Vuitton e Dior. Os protestos, que começaram em fevereiro, são contra a polêmica reforma da Previdência do presidente Emmanuel Macron.
Imagens da imprensa internacional e vídeos publicados nas redes sociais mostram dezenas de pessoas forçando a entrada no prédio e subindo pelas escadas rolantes, com bandeiras e sinalizadores acesos.
Nas ruas da capital, policiais novamente usaram bombas de gás lacrimogêneo para conter a multidão. Os protestos também estão sendo realizados em cidades do interior. Até o começo de abril, mais de mil policiais haviam sido feridos ao conter as manifestações, segundo o governo francês.
Os manifestantes, liderados por sindicatos e apoiados por partidos de esquerda, continuam tentando pressionar o governo para recuar na reforma do sistema previdenciário. A principal mudança — aprovação por uma manobra de Macron, sem o aval do Legislativo — é a ampliação da idade para se aposentar, de 62 para 64 anos.
As mudanças serão analisadas na sexta-feira 14 pelo Conselho Constitucional francês — o órgão máximo para revisão da constitucionalidade das leis na França. As autoridades proibiram qualquer manifestação em frente à sede da Corte, que fica perto do Museu do Louvre, a partir da noite desta quinta-feira.
Analistas ouvidos pela imprensa francesa consideram improvável a anulação total da reforma e acreditam na possibilidade de revisão de partes do projeto.
Apesar dos protestos violentos ocorridos nos últimos meses, Macron não dá sinais de recuo. “O país deve continuar avançando”, disse o presidente na quarta-feira 12, durante viagem à Holanda.
Deixe sua opinião!
Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.
Sem comentários
Seja o primeiro a comentar nesta matéria!
Carregando...