Em sua terceira viagem internacional deste mandato, o presidente Lula vai se encontrar com o ditador chinês Xi Jinping. Prevista para iniciar em 28 de março, a viagem à China vai durar quatro dias.
De acordo com a agência Reuters, na agenda de Lula estão a participação em uma missão empresarial e uma reunião sobre a mudança da presidência do Banco dos Brics, bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O petista quer emplacar a ex-presidente Dilma Rousseff no comando da instituição financeira, cuja sede é em Xangai.
Segundo a Reuters, a visita à China, principal parceiro comercial do Brasil, é tratada pelo governo como uma das mais importantes deste ano, para recuperar a relação supostamente abalada no governo de Jair Bolsonaro, um crítico do regime comunista e da política expansionista chinesa.
Em 2022, a China importou quase US$ 90 bilhões do Brasil, gerando um superávit comercial de US$ 29 bilhões, de acordo com os dados de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
Na viagem à China, Lula também pretende abordar a guerra na Ucrânia. Ao chanceler alemão, Olaf Scholz, que esteve no Brasil no final de janeiro, o presidente brasileiro afirmou que pretendia propor a Xi Jinping a criação de um grupo de diálogo sobre a paz que incluísse a China — o governo chinês mantém uma boa relação com o presidente russo, Vladimir Putin. Lula já havia falado sobre isso com o presidente francês, Emmanuel Macron.
A primeira viagem internacional de Lula foi à Argentina e Uruguai, em janeiro, quando prometeu destinar, via Banco nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), US$ 700 milhões para um gasoduto argentino. Na semana passada, foi aos Estados Unidos, onde se encontrou com o presidente norte-americano Joe Biden.
A próxima viagem de Lula deve ser a Portugal, em abril.
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