Em meio a uma severa crise econômica, a Província de Buenos Aires adotou uma medida no mínimo polêmica: gastou 500 milhões de pesos argentinos, cerca de R$ 15 milhões, com lubrificantes sexuais. A compra foi feita pelo Ministério da Saúde, no Programa Haceme tuyo (Faça-me Teu, em tradução livre).
Reportagem publicada pelo jornal El Clarin informa que o Ministério da Saúde de Buenos Aires pagou US$ 500 por cada pote de gel lubrificante, numa compra total de um milhão de unidades, em convênio firmado com a empresa Farmacoop.
A justificativa do governo é que “o uso de gel lubrificante reduz as chances de rompimento da camisinha nas relações sexuais e, assim, evita doenças sexualmente transmissíveis” e “é uma ferramenta recomendada para a prática de sexo anal especificamente”.
Depois da polêmica, o ministro da saúde de Buenos Aires, Nicolás Kreplak, comemorou o aumento nas buscas na internet pelo termo “gel lubrificante”. Em uma postagem no Twitter, ele escreveu que “hoje mais argentinos e argentinas sabem para que serve e como usar um gel lubrificante. Mais informação é mais acesso e prevenção”.
Entre os críticos, o deputado Diego Santilli criticou “as prioridades do kirchnerismo”, escrevendo: “Novo programa Faça-me Teu’. Axel Kicillof [governador da província de Buenos Aires] gastou 500 milhões para comprar potes de gel íntimo. Acredite ou não, essas são as prioridades do kirchnerismo.”
Kreplak tentou responder às críticas no Twitter, afirmando que o produto sempre fez parte das compras do Ministério da Saúde. “Estamos gerindo, cumprindo a lei e cuidando da nossa população. A compra de itens de prevenção e cuidados com a saúde sexual não é novidade. Sempre foi feito e todos os insumos têm que ser fornecidos pelo Estado. Nada surpreende. Desinformam e confundem”, escreveu.
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